Pergaminho Semanal

por **Rina Hargreaves** Ter Jun 07, 2011 11:31 pm

Olá!

Bem esta não é a primeira edição do Pergaminho semanal, é mais para explicar a historia e inaugurar o fórum. Sei que quando a gente entra aqui tudo parece super estranho, tipo o que raios é Belikov? Acho que isso vai esclarecer um pouco as coisas. Não temos muitas novidades essa semana, ainda estamos no começo. Qualquer outra duvida pode ser esclarecida por mim mesma ou você pode ler nos outros tópicos de Geral (Aqui). Os Cannon's ainda não estão prontos, mas vocês já podem ir ocupando os espaços dos que já estão prontos e livres, não usaremos os Cannon's dos professores pois... bom eu não sei direito, mas achei melhor não serem usados.

Sempre que precisarem tirar duvidas sobre a trama ou qualquer outra coisa pode falar comigo ou com a Kallysta, nós responderemos e ajudaremos no que for necessário. Por favor faça sua FP (Ficha de Personagem) o mais rápido o possível para que possa jogar. Registre seu avatar, mas lembre-se de que ele deve estar nas dimensões 200x400. Temos a Área Gráfica, Administrada por Kallysta, lá você pode fazer pedidos de avatares e assinaturas.

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Primeiro Capitulo
♠ A Ilha Que Brilha ♠

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Eu não sabia o que eu estava fazendo ali, o que raios eu estava fazendo ali? Dando uma de louca com certeza. Alguns pescadores passaram por mim, um parou e me olhos.

- Não vá por ai menina – ele disse e seguiu os outros para o bar mais próximo.

Como uma criança curiosa segui o caminho no qual ele tinha dito para não ir, por que eu não podia ir ali? Segui pela beira do cais até uma curva... a ultima curva. Virei e continuei seguindo o mesmo caminho, liguei minha lanterna e comecei a andar mais devagar conforme a escuridão tomava conta do lugar. Cheguei na beira do cais, por que eu tinha ido até ali? Quanta besteira, apontei a lanterna para frente, uma ilha? Seria normal em Belikov, sei que é estranho, eu moro em um lugar turístico, mas minha mãe era dona de um hotel então era obrigada a ficar ali, como eu dizia... seria normal uma ilha perto de Belikov, tem um monte de ilhinhas perto dali, mas não seria estranho se a ilha não estivesse rodeada de um brilho multicolorido.

Pude ver, muito distintamente, um garoto, era baixinho, parecia ter a minha idade, e parecia estar sorrindo para mim, mas então algo se mexeu atrás dele e ele, assustado voltou para a mata, soltei um suspiro e meus ombros caíram, percebi que eu estava cansada e que já era tarde, dei meia volta e fui para casa, mas eu continuava com a imagem da ilha na cabeça.

6 Anos depois...

Levei um susto com o despertador, dei um pulo na cama e tateei minha cômoda para achar meu celular e o desliguei. Que adolescente acorda as 5 da matina? Eu. Pra que? Pra ajudar minha mãe com a droga do hotel. Depois que ajudei minha mãe fui encontrar Alec para ir trabalhar comigo. Bom apesar da minha mãe ter o hotel eu gostava de trabalhar tinha que ir de teleférico, era uma viajem curta até o cume mas eu ficava com um frio desgraçado na barriga.

- Não olhe pra baixo – Eu disse mais para mim mesma do que para Alec.

- Eu não olho – ele disse se segurando no banco, ele parecia um pouco nervoso.

Soltei uma risada leve de deboche, mas eu também me sentia desconfortável quando estava em um local muito alto. Finalmente chegamos, Alec pulou para fora do Teleférico o mais rápido que ele pode e eu o segui.

Cada um foi para um canto, eu fui ser a garçonete do único bar que tinha por ali e Alec foi para Paradise Point, pelo que eu entendi era alguma coisa relacionada a Bungie Jump, mas isso não me interessava, preferia ficar longe dessas coisas. Eu passei praticamente o dia todo distraída, fiquei pensando naquele sonho da ilha e tal. Eu já estava de saída – não trabalhava ali quando tinha festas ridículas - Saphy se aproximou de fininho e me deu um susto.

- Caraca Saphy, que susto.

- Ai deixa de ser chata, Rina. – Saphy era meio mimadinha, filha do dono daquele bar, que era muito freqüentado, ela vivia me seguindo com aquele jeitinho delicado que me dava enjôos.

- O que você quer? – Perguntei de uma vez, sempre que ela vinha com aquele sorrisinho no rosto e com as mãos pra trás era porque ela queria alguma coisa.

Ela fez uma carinha de inocente e piscou algumas vezes pra mim – Vai na minha festa de 15 anos hoje na praia. – Ela piscou mais algumas vezes, parecia que ela tinha algum feitiço pra fazer todos se encantarem por aqueles olhinhos verdes, era quase impossível dizer não a ela.

- Si... Não – me interrompi quando estava começando a soltar aquele sim.

- Ah por que não? – ela disse parecendo triste.

- Porque eu tenho que ajudar minha mãe no hotel – desculpa esfarrapa, era sexta-feira eu não ajudava minha mãe nas sextas-feiras.

- Vai ser as oito – ela avisou quando eu já estava saindo, eu odiava admitir mas ela conseguiu dessa vez.

Passei no Paradise Point e fiz Gabriel dispensar Alec mais cedo. Meu amigo filho da puta que deveria me agradecer por ter feito seu patrão dispensá-lo mais cedo estava me xingando.

- Qual o seu problema? – ele perguntou se soltando – Porque não me deixa em paz um pouco, Rina.

Ele nunca ágio daquele jeito, apenas o encarei com raiva, estava grosseiro demais e decidiu ficar assim no dia errado.

- Ta tão estressadinho assim por que? Lily te deu um fora? – Lily era a possível quase namorada dele, Alec odiava quando eu tocava no nome dela.

- Porque você se liga tanto na minha vida? Se ela me der um fora ou não o problema é meu né? Então deixa de ser chata porque, ao contrario de você, eu não tenho pais que são donos de um hotel. – Ele se virou e voltou para o Paradise Point.

Fiquei com vontade de dar um soco naquele rosto perfeito que ele tinha, ou então de empurrá-lo montanha a baixo. Mas não fiz nada, apenas me virei e voltei pra casa, no dia seguinte ele ia voltar pedindo desculpas mesmo, eu não precisava me importar, e se ele não pedisse desculpas seria melhor mesmo, menos um pra me encher o saco.

Em casa minha mãe começou a me questionar sobre a festa de Saphy, ela descobriu que eu fui convidada e que eu não ia mesmo dando minha palavra a Saphy que iria.

- Vai nessa festa, pra descontrair um pouco, você só fica em casa ou trabalhando no Bar ou estudando... – minha mãe tagarelava enquanto eu arrumava meu quaro que a praga da minha irmã mais nova insistia em bagunçar.

- Caraca mãe eu num to com saco pra festa hoje – respondi.

Ela foi até minha escrivaninha e pegou alguma coisa, ela levantou o modem da internet, soltei um longo suspiro.

- Eu preciso disso pra fazer meus trabalhos da escola, você sabe disso – Ela não ia esconder o modem depois disso.

- Não importa – ela disse e colocou o modem no bolso do casaco – Agora levanta e se arruma, só vou te devolver isso se você for nessa festa.

- O que? Nenhuma mãe incentiva uma filha a ir para uma festa – falei abismada.

- Eu não sou uma mãe normal – ela disse colocando as mãos na cintura, ela não era normal mesmo.

- Eu não tenho roupa – eu disse animando-me de novo, essa ela não ia conseguir bater.

- Tem sim, muitas. – ela disse sorrindo vitoriosa, eu não gostava de comprar roupas, mas ela sim, ela vivia comprando roupas pra mim.

Ela foi até meu armário e o abriu, estava mesmo abarrotado de roupas e tirou um vestido de la de dentro, se virou para mim e sorriu.

- Se você ta achando que eu vou usar isso ai ta muito enganada dona Elena – Falei apontando para o vestido.

- Ah, vai sim – ela parecia uma mãe brava dando bronca em uma filha, bom, uma mãe brava ela era, mas não estava me dando bronca. Ela nunca ia conseguir me fazer vestir aquilo.

E num é que ela conseguiu? Ela me encheu tanto que eu coloquei aquela droga de vestido, mas como eu adoro perturbar ela coloquei uma meia arrastão com maus all star’s. E eu fui na droga da festa, sem muito interesse, admito, putz quem da uma festa de quinze anos na praia? R: Saphy.

Ela veio pra perto de mim sorrindo e saltitando, ela usava um vestidinho rosa, bem claro, ela tinha uma tiara de flores na cabeça, parecia uma fadinha, o estranho foi ter impressão de ter visto uma aura rosada em volta dela, mas em um piscar de olhos a aura sumiu.

Saphy ficou me enchendo o saco e falando pra eu me enturmar, eu não queria me enturmar, eu nem queria estar naquela festa. Saphy podia der a pessoa mais delicada e cute cute do mundo as eu conseguia dizer não á ela, ao contrario de muita gente, ou seja, ao contrario dos pais dela. Tive que fingir que estava com falta de ar para poder sair de perto dela e dos amigos dela, fui dar uma volta na praia, eu estava distraída, isso não costumava acontecer, mas fiquei tão focada em olhar para baixo que quando dei conta já estava em uma espécie de praia particular. Tudo bem, não vou dizer que não sabia onde estava, eu sabia, olhei para o chalé de madeira negra, era a casa de Alec, ela parecia meio sombria já que uma nuvem passageira era trazida por um vento frio.

Ignorei a vontade de ir até la e bater na porta esperando encontrar meu amigo sorrindo pra mim, ele não sorriria pra mim depois daquela briga, que, alias, eu nem sabia direito o porque dela. Desviei o olhar da casa de Alec e olhei para o mar, pude ver uma ilha, que não estava ali antes, bom pelo menos eu achava que não estava. A brilha estava envolva em uma luz estranha, de inicio achei que fosse o por do sol, mas, ao olhar direito, pude perceber que o brilho era multicolorido. Era a mesma ilha que eu vi quando estava no píer quando era criança, quando eu ainda era pequena costumava chamá-la de A ilha que brilha, ninguém nunca acreditou em mim quando eu contei sobre isso, e talvez fosse melhor mesmo.

Olhei para a praia e vi um barquinho a remo com uma corda o prendendo a uma rocha. Eu, com o espírito aventureiro que tinha, fui até o barquinho e o desamarrei, quando eu ia entrar na água ouço alguém chamar meu nome.

- Rina – Alec gritava da varanda de sua casa – o que esta fazendo?

- Vivendo – gritei de volta e continuei a preparar o barco a remo para ir até a ilha.

- Se você tentar viver desse jeito vai morrer – ele gritou enquanto se aproximava.

- Prefiro morrer do que ficar presa aqui, eu vou pra lá – apontei pra ilha.

- Então é isso? – ele me pegou pelo pulso, mas eu virei e me soltei dele – vai pegar um barco e remar até aquela ilha sem fazer idéia do que tem la?

Dei de ombros e empurrei o barco para o mar, olhei pra ele antes de subir no barco e dei uma piscadela.

- Au revoir – Falei adeus em Frances com um sotaque meio podre.

- Não pode fazer isso – ele gritou.

- Desde quando? – Falei me divertindo enquanto começava a remar.

- Desde quando você não sabe nadar – ele rebateu.

- Dane-se.

O que eu pensei ser uma nuvem passageira começou a aumentar, continue remando e rindo de Alec enquanto ele dava chilique e gritava para que eu voltasse. Eu já estava longe quando Alec deu meia volta e foi para seu chalé, ou ele ia me caguetar pra minha mãe ou era definitivo, ele não ia mais falar comigo, eu, sinceramente, queria que fosse a primeira opção.

Cheguei na ilha com meus braços doendo de tanto remar, estava começando a jurar á mim mesma que nunca mais faria aquilo, mas então algo chamou minha atenção. Algo se mexeu na mata e eu fiquei curiosa, me aproximei de vagar, eu estava quase conseguindo ver o que era e então a coisa saiu correndo, deveria ser só um bichinho com medo, então senti a presença de alguém atrás de mim, fiquei paralisada, eu tava ferrada, disso eu tinha certeza.

- Rina – Era quase como um sussurro assustador que entrava em meus ouvidos e me deixava meio tonta, a voz dele me acalmou um pouco, por um momento pensei já ter ouvido aquela voz, mas não podia ser e como ele me conhecia?
Eu não falei nada, fiquei quieta, eu não o conhecia, merda, merda, merda, eu tinha que aprender a escutar Alec. Senti ele se aproximando.

- Fique longe dela – era a voz de Alec, fui me virar para agradecer a ele e pedir desculpas, pela primeira vez na minha vida, talvez fosse pelo medo constante que eu estava começando a sentir, mas um fleche me cegou e alguém me empurrou me fazendo cair e bater a cabeça em uma pedra me deixando inconsciente.

Espero que tenham gostado ;*
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